Porto de Mós
área de conteúdos (não partilhada)Vista do Castelo de Porto de Mós
- História
Há cerca de 100 mil anos, os antigos leitos do rio Lena acolheram os primeiros povos pré-históricos. Foi no seio das terras férteis deste vale que os diferentes povoados se foram implantando, intensificando a circulação de pessoas e bens, justificando a toponímia deste local, enquanto ponto fundamental na rede viária da região. Porto de Mós, o “porto das mós”, como tradicionalmente se define, denuncia claramente a relação com o cais de embarque, ao mesmo tempo que reforça a capacidade inovadora relacionada com o desenvolvimento de tecnologias rurais da moagem em azenhas e, mais tarde, em moinhos de vento, com as suas costumadas mós, elementos simbólicos que virão, aliás, a ser aproveitados para a representação da própria vila, na definição da sua heráldica.
A “...vila forte...”, como Camões a designa na estância 16 do canto VIII d’ “Os Lusíadas”, está intrinsecamente associada à figura lendária de D. Fuas Roupinho, alcaide-mor do castelo desta terra, brilhante figura, tido, por alguns, como meio irmão de D. Afonso Henriques ou filho bastardo, ao serviço de quem, em 1180, havia de conseguir, estoicamente, reconquistar a fortaleza aos mouros.
Pertença dos coutos do Mosteiro de Alcobaça, Porto de Mós, ao longo de toda a época medieval, observa um crescendo de importância. Dotada de uma significativa organização a nível administrativo e institucional, na centúria de duzentos, a vila de Dom Fuas afirma-se, ao longo dos séculos XIII e XIV, com a atribuição da carta de foral, em 1305, por El-Rei Dom Dinis, confirmada por D. Manuel, em 1515, reafirmando a solidez de usos e costumes enraizados desde há muito, agora consubstanciados na definição de obrigações e privilégios. Propriedade da rainha Santa Isabel, como garantia de núpcias, estas terras foram, igualmente, cedidas à rainha D. Beatriz e, posteriormente, ao seu neto, D. João, filho de D. Pedro e D. Inês de Castro; indissociável da memória coletiva por ser o local de encontro entre D. João I e D. Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável, a quem, aliás, em 1385 é doado este condado, Porto de Mós foi o palco na preparação das hostes para a Batalha Real, dita de Aljubarrota; pertença da Casa de Bragança, a vila surge-nos como uma fonte imensa de curiosidades históricas que vale a pena procurar conhecer.
- Descobrir Porto de Mós
- Desporto e lazer
- Festas e romarias
- Festa de Santo Estêvão na Fonte do Oleiro: durante o mês de maio
- Festa de Nossa Senhora do Bom Sucesso: 1º Domingo junho
- Festa de São Pedro: 29 de junho prolongando-se por essa semana
- Festa de Nossa Senhora dos Aflitos: 2º Domingo de julho
- Festa de Nossa Senhora Amparo: 4º Domingo de julho
- Festa de Nossa Senhora do Livramento: em meados de julho, princípio de agosto
- Festa de Nossa Senhora do Desterro da Ribeira Cima: durante o mês de agosto
- Festa de Nossa Senhora da Luz e de Santo Amaro na Fonte do Oleiro: durante o mês de agosto
- Festa de Nossa Senhora da Piedade da Igreja de S. João: finais de agosto
- Festa de S. Miguel da Capela de S. Miguel: 1ª semana de setembro