Porto de Mós celebrou o Dia de Portugal com a inauguração da exposição “Onde a Terra Se Acaba”
área de conteúdos (não partilhada)










No passado dia 10 de junho de 2025, o Município de Porto de Mós assinalou o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas com a inauguração da exposição “Onde a Terra Se Acaba”, patente na Central das Artes. Esta mostra reúne obras do artista plástico António Faria e textos do escritor Afonso Cruz, sob curadoria de Ricardo Barbosa Vicente, e insere-se nas comemorações dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões.
A exposição "Onde a Terra Se Acaba" propõe-se como um cruzamento de linguagens entre artes visuais e literatura contemporânea. Convocando o imaginário de Os Lusíadas como ponto de partida. Através de pintura, instalação, texto, vídeo e registo editorial, a exposição investiga os sentidos contemporâneos da epopeia, revisitando figuras, mitos e geografias a partir da inquietação do presente. No centro da exposição estará a obra original de António Faria criada para ilustrar o Canto I da edição especial d'Os Lusíadas, publicada pelo Público. Esta obra, símbolo da travessia inaugural, abre o percurso da exposição e propõe-se como imagem-síntese de um novo gesto de leitura e reinvenção visual da epopeia camoniana.
O evento teve início com um momento de acolhimento, seguindo-se uma sessão de boas-vindas conduzida pela Vereadora Telma Cruz, que destacou a importância de investir em iniciativas culturais de qualidade e acessíveis à comunidade: “Trazer esta exposição para Porto de Mós não é um gesto isolado. Faz parte de uma estratégia cultural assumida e coerente do nosso município: descentralizar o acesso à cultura, promover o pensamento crítico e oferecer à comunidade o contacto direto com grandes nomes da cultura portuguesa, das artes visuais à literatura, da música ao património.
Queremos que Porto de Mós seja um território vivo, onde o conhecimento circula e se democratiza, onde a cultura não é exceção, mas regra.”
Seguiu-se a mesa de conversa “Camões, Arte e Identidade: Diálogos no Dia de Portugal”, com intervenções da Professora Isabel Almeida, especialista em Camões e docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e de João Pinto de Sousa, editor da Bela e o Monstro, Edições, que coordena a edição especial comemorativa dos 500 anos do poeta que resultará na publicação de 10 fascículos junto com o jornal Público nos próximos meses, projeto que o Município de Porto de Mós integra.
O programa teve continuação com um recital literário-musical com leitura de textos por Regina Correia, acompanhada à guitarra por Heloísa Monteiro, proporcionando um momento de profunda ligação entre palavra e música.
A exposição “Onde a Terra Se Acaba” ficará patente ao público até ao dia 13 de julho, afirmando-se como um espaço de fruição artística e reflexão sobre a identidade e herança cultural portuguesas.
PA